Nesta segunda-feira (21/12) a Datafolha divulgou uma pesquisa que mostra que 36% das famílias beneficiadas pelo Auxílio Emergencial dependem das parcelas como única fonte de renda. Os dados publicados em agosto apontavam um índice maior de 44%. Na primeira pesquisa, 56% dos entrevistados declararam ter outra fonte de renda além do benefício, atualmente esse percentual é de 64%.
A pesquisa foi realizada depois do período de extensão do Auxílio Emergencial, quando as parcelas foram reduzidas de R$600 para R$300. Foram entrevistados 2.016 beneficiários, por telefone, entre os dias 8 e 10 de dezembro. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais
Segundo a pesquisa, com a redução dos valores das parcelas 75% dos beneficiários decidiram reduzir os gastos com alimentação, 65% cortaram despesas com medicamentos, 57% reduziram o consumo de água, luz e gás e 55% decidiram não pagar as contas da casa. Depois da redução dos valores do Auxílio Emergencial, uma medida tomada por 27% dos beneficiários foi buscar outras fontes de renda.
Acesso ao Auxílio Emergencial
Entre as pessoas que conseguiram ter acesso a alguma parcela do Auxílio Emergencial, 51% delas disseram que a renda da casa diminuiu em consequência da pandemia. Na pesquisa realizada em agosto, esse percentual era de 60%.
De acordo com a análise realizada pela Datafolha, do total de pessoas entrevistadas, que também abrangeu aqueles que não conseguiram ter acesso as parcelas do Auxílio Emergencial, a porcentagem de pessoas que declararam que o ganho da família diminuiu ao longo da pandemia passou de 46% em agosto para 42% em dezembro.
Segundo 39% dos entrevistados que fizeram a solicitação do benefício emergencial, 81% declararam que conseguiram ter seus pedidos atendidos. O Governo Federal declarou que o Auxílio Emergencial conseguiu atender, aproximadamente, 70 milhões de brasileiros.