Ampliação da isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 3 mil mensais

Na quinta-feira (14/01), o presidente Jair Bolsonaro anunciou que pretende propor a ampliação da isenção do Imposto de Renda para os trabalhadores que recebem salários de até R$ 3 mil por mês. O objetivo é que a medida seja implementada até 2022. continua depois da publicidade Atualmente, o limite de isenção abrange salários de até […]

Na quinta-feira (14/01), o presidente Jair Bolsonaro anunciou que pretende propor a ampliação da isenção do Imposto de Renda para os trabalhadores que recebem salários de até R$ 3 mil por mês. O objetivo é que a medida seja implementada até 2022.

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Atualmente, o limite de isenção abrange salários de até R$ 1.903,98. Em sua campanha, o atual líder do Executivo prometeu elevar esse valor para R$ 5 mil. Contudo, após reuniões junto à equipe econômica, a faixa de renda foi reconsiderada.

De acordo com Bolsonaro, a ampliação ainda não foi aplicada por conta no aumento da dívida do país gerada pela pandemia de COVID-19.

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Para o ministro da Economia, Paulo Guedes, além de acabar com as deduções, a alíquota máxima do imposto também vai passar por mudanças, sendo reduzida de 27,5% para 25%, além de sugerir outras faixas salariais para a base do cálculo.

Isenção do Imposto de Renda atual

Atualmente, a isenção do Imposto de Renda abrange pessoas portadoras de doenças graves (AIDS, alienação mental, cardiopatia grave, cegueira, esclerose múltipla e outras 11 patologias) e com rendimentos relativos à aposentadoria, pensão ou reforma.

Para ter acesso a isenção, o trabalhador precisa fazer uma solicitação e apresentar um laudo pericial que comprove a enfermidade. Outras situações que permitem a isenção do Imposto de Renda constam no site da Receita Federal.

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Consequências do fim das deduções

De acordo com o ministro da Economia, além da ampliação da isenção do Imposto de Renda, as deduções sobre as áreas da saúde e educação vão ser canceladas.

Desse modo, os contribuintes que pagam mensalidades (escolares ou universitárias) ou que são contemplados com planos de saúde, terão o valor descontado no montante final do imposto.

Por conta do cancelamento dessas deduções, os brasileiros possivelmente poderão pagar mais caro pelo Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IPRF).

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As subcategorias de dedução também serão afetadas, como: os alimentandos, pessoas que pagam pensão a filhos e ex-esposa e dependentes (com dependência financeira comprovada, sendo os filhos com idade máxima de 24 anos, ou em caso de comprovação de doenças).

As deduções estudantis correspondem ao valor máximo de R$ 3.561,00 por pessoa. Nesse valor, são considerados no cálculo os gastos com creches, escolas em qualquer nível de ensino e cursos de pós-graduação ou especialização técnico e profissional.

No setor da saúde, o cálculo das deduções considera os gastos com tratamentos específicos, planos de saúde, cirurgias e medicamentos necessários. Para que o cálculo seja correto, o contribuinte precisa fazer a comprovação todos os casos citados por meio da apresentação de notas fiscais.

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