Consumo de energia: projeto prevê redução voluntária das empresas

Algumas empresas, tais como Cimentos Apodi, Braskem, Gerdau e Rima, já manifestaram interesse em aderir à redução de consumo de energia.

A crise hídrica no país tem provocado um aumento na bandeira tarifária da conta de luz, que é sentido no bolso do brasileiro. Alguns especialistas chegam a falar em possibilidade de apagão. Diante disso, o Ministério de Minas e Energia divulgou na última segunda-feira, 02 de agosto, um programa que incentiva empresas a fazerem uma redução no consumo de energia.

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Conforme foi informado pelo respectivo ministério, será possível aderir ao programa apenas empresas que demandam muito gasto de energia. Nesse aspecto, a empresa pode reduzir o consumo entre 4 e 7 horas, tendo em troca uma compensação financeira. Esse valor compensatório não foi divulgado.

Redução do consumo de energia

Algumas empresas, tais como Cimentos Apodi, Braskem, Gerdau e Rima, já manifestaram interesse em aderir ao programa. As empresas que querem a respectiva adesão devem informar ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentando os dados de economia de energia e, igualmente, apresentar o valor que desejam receber de compensação.

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O MME busca reduzir gradativamente a necessidade de alta da energia elétrica por ter que realizar a contratação de usinas térmicas. O país enfrenta um dos piores períodos de seca dos últimos 91 anos, sobretudo, no Sudeste e Centro-Oeste, com isso os reservatórios das usinas hidrelétricas encontram-se muito abaixo do nível necessário.

Muitas campanhas estão sendo realizadas pelo MME, que incentivam o consumo consciente de energia. A intenção, igualmente, é evitar o risco de apagão no final do ano, como muitos engenheiros prevêem. Essa é a primeira ação desde a criação da Creg – Câmara de Regras Excepcionais Para Gestão Hidroenergética.

Na portaria do Ministério das Minas e Energia, fica definido que, se o custo da economia for menor do que o PLD (Preço de Liquidação das Diferenças), que atualmente o valor máximo é de R$ 583,88 por MWh (megawatt-hora), a diferença será retornada ao consumidor via encargos cobrados na conta de luz.

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