Proposta quer proibir o uso de Pix em São Paulo; entenda

A medida, caso seja aprovada, deverá valer até que as providências sejam tomadas pelo Banco Central. Saiba os detalhes. 

Preocupado com os casos de sequestros relâmpagos desde a implantação do Pix, deputado estadual Campos Machado (Avante) apresentou uma proposta que proíbe o uso do Pix em São Paulo. A medida, caso seja aprovada, deverá valer até que as providências sejam tomadas.

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No projeto, o deputado confirma que o aumento nos casos de sequestro relâmpago no estado foi de 39,1% nos primeiros sete meses de 2021, tendo em vista o mesmo período do ano passado. Para o deputado, os crimes passaram a ocorrer com mais frequência devido ao sistema instantâneo de pagamentos pelo Pix.

O Banco Central já começou a tomar providências e, na última semana, anunciou algumas medidas. Os pagamentos noturnos, por exemplo, passarão a ser limitados a R$ 1.000,00, sendo de 20h às 6h. O projeto do deputado Campos Machado segue em tramitação no legislativo. Porém, ainda não recebeu o parecer de nenhuma comissão.

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Mudanças no Pix

Uma série de mudanças para melhorar o sistema do Pix estão sendo desenvolvidas pelo Banco Central. O BC poderá oferecer a opção dos clientes escolherem algumas contas para transações maiores no período noturno. As medidas também se estenderão para transferências, compras pelo cartão de débito e na modalidade de TED.

De igual forma, o Pix terá de 24 horas a 48 horas para efetivar pedido do usuário nos casos de solicitação no aumento de limite. Ou seja, caso o cliente peça para aumentar o limite de R$ 1.000 para R$ 2.000 ou mais, por exemplo, deverá aguardar no mínimo 24h para a liberação.

Essa medida impede, por exemplo, que alguém possa passar um valor mais alto para os sequestradores em caso de sequestro relâmpago. Em nota, o BC informou que:

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“Os meios de pagamentos digitais sob a supervisão do Banco Central são seguros e trazem grandes benefícios para a população. O aumento de seu uso ao longo dos anos, e especialmente durante a pandemia da Covid-19, demonstra o valor dos meios de pagamentos digitais”.