Governo pretende rebaixar COVID-19 para “endemia”; entenda

Isso deve ocorrer até o final deste mês, embora o mundo esteja sofrendo com o aumento do número de casos da doença.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, na última quarta-feira (16), que o Ministério da Saúde pretende rebaixar a pandemia da COVID-19 para uma endemia até o final deste mês.

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Segundo o Metrópoles, Bolsonaro disse que tem conversado com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e que a previsão de rebaixamento da pandemia para endemia, ainda neste mês de março, foi feita pelo próprio chefe da pasta sanitária.

Para decretar endemia, é preciso, antes, revogar a portaria que trata do estado de emergência sanitária em decorrência da pandemia do novo coronavírus, declarada em fevereiro de 2020.

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Queiroga, por sua vez, tem se reunido com autoridades para apresentar dados sobre a pandemia, como a exemplo do número de internações e o avanço da vacinação de crianças e adultos.

Na semana passada, por exemplo, ele se reuniu com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Já na última terça-feira (15), ele foi recebido pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). E nessa semana, Queiroga ainda tem um encontro com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, para tratar sobre o assunto.

O aumento de casos de COVID-19 no mundo

O número de novos casos de COVID-19 aumentou exponencialmente semanas após diversos países anunciarem o relaxamento de normas sanitárias, incluindo alguns estados do Brasil.

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Para se ter uma ideia desse aumento, a Alemanha registrou, na última terça-feira (15), 198.888 infecções, número acima das 156.799 contabilizadas a cerca de uma semana. Os dados são do Instituto Robert Koch (RKI) de virologia, responsável por monitorar a situação da pandemia no país.

No mesmo período, 203 mortes foram notificadas. Até a segunda (14), 75,7% da população alemã (62,9 milhões de pessoas) havia completado o esquema vacinal, e 57,8% (48,1 milhões) recebido a dose de reforço.

Outro país com situação semelhante à da Alemanha é a China. Nele, quase 30 milhões de pessoas foram confinadas, após o país ter o pior surto de COVID-19 em dois anos. Inclusive, a população está sendo obrigada pelo governo a fazer testes em escala parecida com a do início da pandemia.

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De terça (15) para quarta (16), 5.280 casos foram notificados na China, o maior número desde o início de 2020. As informações são da Comissão Nacional de Saúde da China.

Na Coreia do Sul, 293 óbitos foram confirmados de terça (15) para quarta (16), o maior número desde o início da pandemia no país. Além disso, a Coreia do Sul também registrou o maior número de pacientes em situação grave da doença, sendo 1.196 no total.

Segundo especialistas, a mais nova variante identificada, a Deltacron, pode estar sendo responsável pelo aumento do número de casos da doença. No Brasil, foram confirmados dois casos positivos da variante. A cepa, identificada pela primeira vez na França, é uma combinação das características das mutações Delta e Ômicron.

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