A água sanitária é um produto composto por hipoclorito de sódio, classificado como composto anidro. Por conta disso, costuma ser instável e pode decompor-se em formato de explosão. Contudo, costuma ser utilizado como desinfetante e agente alvejante, mas existem utilidades secretas da água sanitária e que muitas pessoas desconhecem.
No geral, esse produto é adotado em limpezas domésticas, principalmente na higienização e combate de fungos ou bactérias. Porém, pode solucionar diversos problemas domésticos e até urbanos, a depender da concentração adotada nesses métodos. Apesar disso, não recomenda-se a água sanitária na limpeza de superfícies, pisos e alimentos. Saiba mais informações a seguir:
Quais são as utilidades secretas da água sanitária?
1) Branqueador de uso doméstico
O hipoclorito de sódio que compõe a água sanitária pode ser usado para remover as manchas de roupas sujas. De acordo com os especialistas, esse produto reage bem com as fibras de algodão, que apesar de manchar com facilidade costumam branquear na mesma velocidade. Porém, é necessário conferir a recomendação para o tamanho da sua lavadora de roupas,
Em todos os casos, é interessante realizar a lavagem com água quente, pois assim há uma ampliação da atividade do branqueador. Mais especificamente, a decomposição térmica do hipoclorito aumenta a eficiência do produto.
2) Limpeza de barris de cerveja e vinho
Estima-se que 1% da concentração da água sanitária doméstica misturada com água quente seja suficiente para sanitizar completamente as superfícies dos barris que serão utilizados na fermentação da cerveja e do vinho. Contudo, é fundamental que as superfícies sejam bem enxaguadas depois, para evitar aromas indesejados à mistura em fermentação.
Ademais, os subprodutos formados a partir da cloração do hipoclorito de sódio são prejudiciais à saúde humana. Em alguns casos, podem gerar intoxicação e até morte.
3) Elimina vírus e bactérias em hospitais
A adoção de água sanitária e água quente ajuda na eliminação de bactérias e alguns vírus que estão presentes em superfícies hospitalares, por isso essa solução é muito utilizada em ambientes de saúde. No entanto, é fundamental que essa solução seja removida após o uso com água quente, pois é corrosiva e pode danificar o material em que foram aplicados.
A depender da situação da superfície, recomenda-se realizar uma desinfecção com ajuda do etanol para remover todos os resquícios de hipoclorito de sódio, bem como os demais microrganismos existentes.
4) Cloração de poços ou sistemas de água
A princípio, a cloração consiste em um processo básico em que se utiliza produtos químicos à base de cloro para inativar os microrganismos patogênicos que existam na água. Nesse caso, o cloro é usado como um poderoso oxidante, pois a reação com um grande número de substâncias orgânicas e inorgânicas presentes no líquido garante a remoção de materiais como o gás sulfídrico, ferro e manganês.
Nos procedimentos de cloração de impacto em poços ou sistemas de água com objetivo de promover uma desinfecção, estima-se que uma solução de 2% de água sanitária seja suficiente para limpar mais de 50 litros de água. Em específico, a alcalinidade presente na água sanitária gera a precipitação de minerais presentes na água, como o calcário.
Após a realização da cloração de impacto, é realizado um entupimento do sistema a fim de preservar a purificação realizada. Nos Estados Unidos, por exemplo, utiliza-se do hipoclorito de sódio em situações de desinfecção de emergência.
5) Tratamento de canal
O hipoclorito de sódio também é utilizado na Odontologia, como nos tratamentos endodônticos em que o especialista procura recuperar a polpa dentária, os tecidos periapicais e os canais radiculares que foram atingidos por problemas diversos. Nesses casos, pode auxiliar também no tratamento de canal, garantindo a desinfecção e combate dos microrganismos prejudiciais para a saúde bucal.
Contudo, é fundamental conferir os aspectos de compatibilidade biológica, temperatura, volume e índice de contato com o ar dessa substância antes de aplicar no paciente. Ao longo dos procedimentos, o odontólogo deve controlar a concentração para evitar efeitos controversos.