Desemprego na pandemia atinge 14,2% em novembro, maior alta de 2020

A taxa de desemprego na pandemia atingiu um novo recorde, com base na última edição da PNAD COVID-19 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em novembro deste ano, o número de brasileiros desempregados passou a ser de 14 milhões (14,2%). Isso representa um aumento de 2% em relação ao mês de outubro (13,8 […]

A taxa de desemprego na pandemia atingiu um novo recorde, com base na última edição da PNAD COVID-19 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em novembro deste ano, o número de brasileiros desempregados passou a ser de 14 milhões (14,2%). Isso representa um aumento de 2% em relação ao mês de outubro (13,8 milhões) e de 38,6% desde maio (10 milhões).

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“Esse aumento da população desocupada ocorreu, principalmente, na região Nordeste. Nas demais regiões ficou estável, sendo que no Sul houve queda na desocupação”, explicou a coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Viera. De acordo com o IBGE, o recorde de desemprego na pandemia pode estar relacionado com a redução e o fim do auxílio emergencial.

Os depósitos do programa devem terminar neste mês de dezembro, com apenas mais um calendário para a liberação de saques em janeiro de 2021. “A redução do auxílio pode estar fazendo sim com que as pessoas precisem retornar ao mercado de trabalho”, avaliou. Norte e Nordeste foram as regiões com os maiores percentuais de desempregado na pandemia: 57,0% e 55,3%, respectivamente.

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Desemprego na pandemia: perspectivas até o final de 2020

No dia 23 de novembro de 2020, o ministro Paulo Guedes confessou que haverá uma desaceleração de empregos até o final de 2020. Ao menos 300 mil vagas de trabalho serão perdidas, levando em consideração o saldo negativo de todo o ano. Até setembro, o Brasil sofreu uma perda líquida (cálculo entre admissões e demissões) de 558 mil vínculos empregatícios.

“O Brasil criou empregos. Eu nem acredito que vá continuar nesse ritmo tão acelerado. É provável que dê uma desacelerada. (…) Nós possivelmente vamos chegar ao fim deste ano perdendo 300 mil empregos”, afirmou Paulo Guedes em seminário virtual da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) O ministro também disse que a missão de 2021 será transformar a recuperação econômica em uma retomada sustentável.