Fim do auxílio emergencial: “Nossa capacidade de endividamento chegou ao limite”, diz Bolsonaro

No final de 2020, o presidente Jair Bolsonaro esteve na Praia Grande, no litoral paulista, onde fez declarações sobre a pandemia e o fim do auxílio emergencial. Durante o passeio na praia paulistana, o líder do executivo criticou a conduta dos governadores por terem tomado medidas restritivas de isolamento social, como o fechamento de comércios […]

No final de 2020, o presidente Jair Bolsonaro esteve na Praia Grande, no litoral paulista, onde fez declarações sobre a pandemia e o fim do auxílio emergencial. Durante o passeio na praia paulistana, o líder do executivo criticou a conduta dos governadores por terem tomado medidas restritivas de isolamento social, como o fechamento de comércios e serviços.

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Bolsonaro foi abordado pela imprensa enquanto esteve em São Paulo. Ele declarou que o país está sendo administrado e que as consequências da pandemia da COVID-19 ainda estão sendo tratadas, como a questão do endividamento. Contudo, o presidente compartilhou informações sobre uma provável reação positiva na economia.

Ao longo do período que esteve na praia, Bolsonaro foi recebido por seus apoiadores em aglomeração que não faziam uso de máscaras. A respeito do fim do auxílio emergencial, o líder do executivo explicou que o país se endividou para tentar conter os efeitos socioeconômicos da pandemia e que “chegou ao limite” a respeito do pagamento do benefício.

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Bolsonaro disse a um membro de sua comitiva que 2020 foi um ano atípico e que o país está com um endividamento de R$700 bilhões, por conta das medidas de econômicas de enfrentamento da pandemia, para oferecer o auxílio emergencial às pessoas que ficaram sem fonte de renda por conta do fechamento do mercado durante as medidas de isolamento.

 “Os informais, em grande parte, perderam tudo, a renda foi a zero. Querem que a gente renove [o auxílio emergencial], mas a nossa capacidade de endividamento chegou ao limite”, acrescentou o presidente.

Ao final de dezembro, o número de casos confirmados de COVID-19 e de mortes pela doença estavam aumentando no país.

Manejo das medidas de enfrentamento contra COVID-19

Além de comentar sobre o fim do auxílio emergencial, o presidente falou sobre a respeito das medidas de isolamento, tomadas de maneira autônoma pelos municípios e estados com o amparo da Lei 13.979/2020, o presidente fez um apelo para que as unidades da federação fossem prudentes com relação ao fechamento constante do comércio e dos serviços e disse “pedir a Deus para que tudo volte à normalidade”

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De acordo com o líder do Executivo, o lockdown não tem dado certo, uma vez que as pessoas continuam saindo. “O povo está aqui na praia. Nem vou falar que tem aglomeração. Como eu disse no começo, nós temos que enfrentar, tomar conta dos mais idosos, quem tem comorbidade. Toca a vida. E economia tem que andar de mão dada com a vida”, disse Bolsonaro.

E depois do fim do auxílio emergencial?

Em dezembro, a Caixa Econômica Federal efetuou o pagamento da parcela final do auxílio emergencial a 3,2 milhões de beneficiários, encerrando o calendário de pagamentos. O calendário de saques e transferências segue até o dia 27 de janeiro deste ano, dos ciclos 5 e 6.

O auxílio emergencial foi uma medida lançada pelo governo federal em abril para assegurar os trabalhadores autônomos e desempregados, que ficaram sem fonte de renda ao longo da pandemia.

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Para tentar atender as pessoas que ficaram desassistidas com o fim do auxílio emergencial, o governo federal está operando uma ampliação do programa Bolsa Família. Uma vez que não houve espaço no orçamento da União para a criação do novo programa social do governo Bolsonaro, o Renda Cidadã.