Governo avalia valor para o salário mínimo 2022; confira a previsão atual

Dentro do projeto orçamentário, o Ministério da Economia deverá apresentar a correção do salário mínimo até o próximo dia 31 de agosto.

Com a promessa de maior alta dos últimos seis anos, o salário mínimo previsto para 2022 é de R$ 1.170,00. Porém, essa escala de valor não terá, de fato, um ganho real ao trabalhador. Isso ocorre porque a quantia se molda ao poder de compra diante da inflação, sendo uma compensação do valor.

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A previsão da equipe econômica é trabalhar numa taxa de reajuste de 6,2%. Especialistas ouvidos em reportagem da Folha de São Paulo, por outro lado, projetam um número maior para a inflação: na casa dos 7,11%. Isso significa dizer que o valor previsto pelo governo ainda continua defasado.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, junto com sua equipe, deverá apresentar a correção na previsão orçamentária até o próximo dia 31 de agosto. Para correção do salário mínimo, governo se orienta por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Conforme o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, Ibrev FGV, estima-se que chegue ao final do ano na casa dos 8%.

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Para o governo, segundo Paulo Guedes, o impacto poderá ser de até R$ 24 bilhões, pois existem alguns benefícios que são baseados e reajustados conforme o salário mínimo. Entre eles, é possível destacar: pagamentos do INSS, abono salarial do PIS/Pasep e seguro-desemprego.

Inflação pelo IPCA

Em julho deste ano de 2021, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) marcava aumento de 0,96%, sendo o maior resultado para o mês nos últimos 20 anos, quando teve uma alta de 1,19%.

Nas avaliações sobre o IPCA, os principais grupos responsáveis pelos gastos dos brasileiros tiveram alta. Ou seja, desde a cesta básica até habitação, transportes e saúde.

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Salário mínimo e a Constituição

Está previsto, na Constituição, que o salário mínimo precisa garantir a capacidade de compra do trabalhador.

Dessa forma, o valor é corrigido pelo menos mediante a inflação. Por isso, é importante que o governo não cometa erros de cálculos.