Idosos realmente têm cheiro diferente? Veja o que diz a ciência

Você já sentiu, ao abraçar algum vovô, que ele tem um cheirinho específico? Isso não é coisa da sua cabeça.

Se você já sentiu um cheirinho específico quando chegou na casa dos seus avós, sabe bem do que estamos falando. Além de todo o carinho que costuma estar envolvido nas relações entre netos e seus avós queridos, parece mesmo que os idosos têm um odor específico, que não é necessariamente ruim, de acordo com a Ciência.

continua depois da publicidade

Para entender melhor essa questão, um grupo de pesquisadores da Universidade de Nagoya, no Japão, buscou identificar algum fator responsável pela mudança nos odores naturais nas pessoas que já passaram dos 60 anos.

Ao que tudo indica, uma substância conhecida como 2-nonenal pode ser a culpada pelo cheiro específico na pele de pessoas idosas. A descoberta serviu para que, por enquanto apenas no Japão, fossem lançados sabonetes específicos para neutralizar a substância.

continua depois da publicidade

Cheiro diferente, mas não ruim

Os pesquisadores afirmaram que, em testes cegos, foi possível notar que as pessoas conseguem mesmo identificar a idade de um indivíduo com base em seu odor natural.

Ainda que isso possa parecer estranho, é preciso frisar que esse cheirinho não é necessariamente ruim e que, em pessoas que se relacionam bem com os avós, é um aroma agradável, inclusive.

De acordo com a mesma pesquisa japonesa, o aumento da 2-nonenal tem relação direta com a decomposição de ácidos graxos e de ômega-7, ambas substâncias que ficam mais abundantes na pele conforme ficamos mais velhos.

continua depois da publicidade

Essas variações, segundo os cientistas, podem ter relação com as mudanças naturais no metabolismo de pessoas idosas. Não existe, por enquanto, uma explicação absoluta para todo esse processo relacionado ao envelhecimento.

O que se sabe é que vários aspectos podem mudar os odores naturais de indivíduos de todas as idades. Doenças crônicas, alguns medicamentos, tabagismo, consumo de álcool, dieta e hábitos de higiene são fatores que colaboram para essas alterações olfativas.