Mistérios do universo podem ser revelados com o telescópio James Webb

Em sua tecnologia, o James Webb é 100 vezes mais sensível que o Hubble e observará o cosmos no espectro infravermelho.

O telescópio espacial James Webb foi lançado no último sábado (25/12) de uma base da Agência Espacial Europeia (ESA) na Guiana Francesa na América do Sul. Na última segunda-feira (27/12), ele passou pela segunda manobra de correção de curso. O processo durou cerca de 9 minutos e 27 segundos e fez com que o telescópio seguisse pela órbita desejada.

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Esse telescópio espacial é o maior e mais potente já lançado. Sua tecnologia tem a capacidade de chegar à órbita solar numa distância de 1,6 milhão de quilômetros da Terra. O James Webb orbitará muito mais distante que o seu antecessor – Telescópio Espacial Hubble, que já tem 30 anos.

Em sua tecnologia, o James Webb é 100 vezes mais sensível que o Hubble e observará o cosmos no espectro infravermelho. Com isso, será possível observar para além das nuvens de gás e poeira onde surgem as estrelas. O James Webb está sofrendo manobras de forma lenta logo no início de seu lançamento por se tratar de uma estratégia para preservação da missão.

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Para chegar à Lagrange (L2) no sistema formado entre a Terra e o Sol, o telescópio precisou ser lançado pelo foguete com um impulso menor. Até porque, se recebesse impulso maior, ele não poderia se virar para o movimento de condução de volta à Terra. A ótica seria exposta diretamente e a estrutura do telescópio ficaria vulnerável ao Sol, o que provocaria um superaquecimento.

Agora, o James Webb entra na fase de desdobramento. Também é chamado de processo de implantação e requer muito mais atenção, sendo que, ao todo, são 30 dias de intensos trabalhos e muita tensão por parte das equipes controladoras do telescópio.