Peçonhentas: 4 cobras mais venenosas do mundo; confira a lista

Os brasileiros podem ficar tranquilos, todas elas são encontradas somente na Austrália, na Nova Guiné ou nas ilhas da Tasmânia.

Cobra é o nome dado a répteis rastejantes, de corpo cilíndrico e alongado, sem patas. Na verdade, o mais correto é chamar esses animais de “serpentes”, já que “cobra”, em alguns países, é uma palavra usada somente para se referir às najas, encontradas na África e na Ásia.

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Dentre elas, as que mais despertam medo nos seres humanos são as peçonhentas (ou venenosas), aquelas que produzem veneno muito concentrado e possuem, em seu corpo, uma estrutura capaz de inocular ou “injetar” essa substância: a peçonha.

Segundo estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 80 mil a 140 mil pessoas morrem todos anos em decorrências de acidentes com cobras, principalmente na África e na Ásia.
Confira a lista que preparamos com as quatro cobras mais venenosas do mundo.

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1. Taipan-do-interior

  • Nome científico: Oxyuranus microlepidotus;
  • Localização Austrália.

Também conhecida como taipan-do-oeste, essa serpente australiana é mais venenosa do mundo. Para se ter uma ideia, sua picada é letal em 80% dos casos, ou seja, ser picado pela taipan-do-interior é quase sinônimo de morte.

O veneno dela possui uma toxina chamada taipoxina, responsável por provocar hemorragia nos tecidos musculares e nos vasos sanguíneos. A toxina também é responsável afetar gravemente a respiração da pessoa picada, podendo levar à morte em questão de minutos.

A boa notícia é que a taipan-do-interior, além de ser relativamente tímida, vive em lugares remotos, não sendo frequente o contato com seres humanos. Por conta disso, ela não é uma cobra perigosa, apesar de ser venenosa.

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2. Cobra-marrom

  • Nome científico: Pseudonaja textilis;
  • Localização: Austrália e Nova Guiné.

A cobra-marrom, também conhecida por cobra-marrom-oriental, é fisicamente semelhante à taipan, no entanto, um pouco menos venenosa. Essa espécie é encontrada principalmente no leste da Austrália, em matagais, florestas e pastagens. Diferentemente da taipan-do-interior, a cobra-marrom habita a região mais populosa da Austrália, sendo mais frequente o contato com os seres humanos.

A cobra-marrom é considerada mais perigosa que a taipan, embora tenha um veneno um pouco menos potente. Isso porque, além de viver mais próximo aos seres humanos, ela apresenta um comportamento bastante agressivo.

Seu veneno pode causar paralisia e sérios distúrbios de coagulação. A cobra-marrom é a cobra que causa mais mortes na Austrália.

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3. Taipan-costeira

  • Nome científico: Oxyuranus scutellatus;
  • Localização: Austrália e Nova Guiné.

Também conhecida como taipan-oriental, a taipan-costeira é encontrada nas regiões costeiras da Austrália e do sul da Nova Guiné. Ela consegue ser tão agressiva quanto a cobra-marrom, além de ser conhecida por sua esperteza e extrema agilidade. Ela tem a capacidade de desferir, em pouco segundos, várias picadas seguidas na sua vítima, sendo considerada por isso, uma das cobras mais perigosas do mundo.

Outra característica marcante da taipan-costeira é o tamanho de suas presas: 12mm. Nenhuma cobra australiana tem presas tão grandes como as da taipan-costeira. Quando ataca sua vítima, ela consegue injetar uma alta quantidade de veneno. Esse, por sua vez, afeta o sistema nervoso central e provoca hemorragia, podendo levar à morte.

4. Cobra-tigre

  • Nome científico: Notechis scutatus;
  • Localização: Austrália e ilhas da Tasmânia.

A cobra-tigre possui diversas subespécies reconhecidas como a cobra-tigre-da-ilha-de-chapell, a cobra-tigre-ocidental e a cobra-tigre-da-tasmânia, sendo todas elas altamente venenosas. O nome desta cobra faz referência às faixas pretas e amarelas que caracterizam algumas populações da espécie, podendo variar de acordo com a região em que se encontra.

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Quando incomodada, a cobra-tigre adota uma postura bastante agressiva e amedrontadora: ela infla seu corpo e solta um assobio alto, anunciando o que está por vir. A consequência mais preocupante do veneno dessa cobra no organismo do ser humano é a alteração de uma proteína responsável por coagular o sangue. Assim, em casos mais severos, a vítima da cobra-tigre pode vir a óbito em decorrência de distúrbios hemorrágicos.

Um fato curioso sobre a cobra-tigre é que a “fórmula” de seu veneno é a mesma há 10 milhões de anos. A descoberta foi feita pelo pesquisador Bryan Fry, da Universidade de Queensland, na Austrália.
Segundo Fry, não houve necessidade evolutiva para a alteração da “fórmula” do veneno, pois durante todo esse tempo as presas da cobra-tigre não desenvolveram imunidade para ela.