Tempestade solar: entenda o “Evento de Carrington” e seus impactos

O “Evento de Carrington” foi um fenômeno em que quantidades gigantescas de gases e partículas foram lançadas pelo Sol como uma erupção solar.

Muita gente pensou se tratar do apocalipse, outros simplesmente nem tinham o que pensar de tão atordoados que ficaram. Isso tudo fez parte do histórico “Evento de Carrington”, que ocorreu no dia 02 de setembro de 1859. Caso tivesse acontecido atualmente, o mundo poderia entrar em um verdadeiro colapso sem precedentes. Mas você sabe o que foi esse tão preocupante evento?

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O “Evento de Carrington” foi um fenômeno em que quantidades gigantescas de gases e partículas foram lançadas pelo Sol como uma erupção solar. Ele recebe esse nome graças ao astrônomo amador Richard Carrington (1826-1975), que conseguiu antecipar através de suas observações manchas diferentes no Sol.

Ele talvez não imaginasse, mas sua observação denunciava erupções solares que atingiram a Terra. O efeito acabou provocando interrupções em linhas de telégrafos no mundo todo, entre outras reações. Houve um verdadeiro desequilíbrio em nosso campo magnético. Todo o sistema que existia de eletricidade acabou sofrendo com isso.

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Especialistas explicam que um evento como o de 1859 poderia provocar uma pane geral no planeta. Satélites, sistema elétrico, eletrônicos e tudo que envolve magnetismo e energia seriam danificados. Aviões poderiam cair em várias partes do mundo e o prejuízo para o que temos de tecnologia seria, de fato, irreversível.

Só para se ter uma ideia do que significou esse evento, a explosão e interferência em nosso campo magnético foi equivalente a 10 bilhões de bombas atômicas. Na história, ainda não se registrou outra erupção solar dessa magnitude.

Existe uma explicação mais técnica da ciência para o “Evento de Carrington” no século XVIII. De acordo com especialistas da Nasa (Agência Espacial Americana), o evento é classificado como um fenômeno solar que faz uma ejeção de massa coronal que, por sua vez, promove a tempestade geomagnética.

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A mesma agência busca alinhar os dados que colaboram para prever essas erupções, graças a modernidade tecnológica atual, coisa que era inexistente naquele respectivo século. Através da sonda Parker Solar Probe, é possível estudar essas explosões solares e ter os dados necessários para uma previsão.