Terremoto de 2011, no Japão, mudou a velocidade de rotação da Terra

As mudanças causadas por esse evento cataclísmico atingiram todo o planeta, inclusive diminuindo a duração dos dias. Veja aqui como isso foi possível.

O terremoto que atingiu o Japão em 2011 teve uma intensidade de 8,9 na escala Richter e gerou deslocamentos de grande escala no solo e no leito oceânico da região. Essas informações são do sistema japonês GEONET — que utiliza dados coletados por, aproximadamente, 1.200 estações de monitoramento por satélite.

continua depois da publicidade

A força do evento foi tão grande que a agência meteorológica japonesa chegou a cogitar o aumento da magnitude para 9,0, o que levaria esse a ser o quinto tremor de terra mais forte já registrado. Apesar disso, as outras agências do globo não concordaram com essa mudança.

Para se ter noção das forças liberadas, segundo o geofísico da agência de geologia dos EUA, Ken Hudnut, em entrevista à MSNBC: “A rede nacional do japão que define os limites de propriedade se alteraram”, além disso ”as cartas náuticas deverão ser revisadas devido às mudanças na profundidade do oceano”.

continua depois da publicidade

Ainda de acordo com o cientista, outros sistemas de informações que usam dados de GPS, como navegadores por satélites usados em carros e mapas, também deveriam ser atualizados.

Duração do dia

Como aprendemos no colégio, o dia é resultado da rotação da Terra em torno do seu próprio eixo. Assim, temos períodos de Sol e períodos no qual a sua luz está iluminando o outro lado do planeta, nos deixando no escuro.

O terremoto no Japão foi tão forte que teria alterado o equilíbrio planetário, causando uma mudança de 16.5 centímetros na inclinação da Terra. Além disso, a velocidade da Terra aumentou, resultando na diminuição da duração do dia em, aproximadamente, 1,8 milionésimo de segundo.

continua depois da publicidade

Agora fica um grande questionamento: essa diminuição do dia está nos fazendo, todo ano, ganhar 657 milionésimos de descanso, porque saímos mais cedo do trabalho? Ou perdemos mais um pouquinho do nosso precioso sono?