Cientistas afirmam que não há planos sobre vacinação contra COVID-19 no Brasil

O observatório COVID-19 BR, que reúne 80 profissionais dos centros de pesquisa mais importantes do país, faz críticas, por meio de nota técnica, ao planejamento da vacinação contra COVID-19 no país pelo governo, qualificando de ‘rudimentar’. continua depois da publicidade O projeto multidisciplinar de cientistas analisou o plano de vacinação divulgado pelo Ministério da Saúde […]

O observatório COVID-19 BR, que reúne 80 profissionais dos centros de pesquisa mais importantes do país, faz críticas, por meio de nota técnica, ao planejamento da vacinação contra COVID-19 no país pelo governo, qualificando de ‘rudimentar’.

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O projeto multidisciplinar de cientistas analisou o plano de vacinação divulgado pelo Ministério da Saúde para conter a doença. A conclusão dos especialistas foi de que: “Ainda não temos um plano”.

O grupo colheu informações disponíveis até agora sobre como o país pretende imunizar sua população contra a COVID-19 e afirma que é preocupante o estado atual de planejamento.

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Não há planos sobre vacinação contra COVID-19 no Brasil, afirmam os cientistas!

“É um esboço rudimentar, com tantas fragilidades e lacunas que dificilmente poderá ser seguido. São marcantes a falta de ambição, de senso de urgência e de comprometimento em oferecer à população brasileira um plano de vacinação competente, factível, que contemple as diversas vacinas em teste no Brasil, com transparência e em articulação com estados e municípios”, diz nota dos cientistas que compõe o observatório COVID-19 BR.

Ainda de acordo com a análise dos pesquisadores, um dos poucos aspectos claros quanto ao assunto é o de priorização do público a ser vacinado. O ministério determinou que, na primeira etapa serão priorizados os profissionais de saúde, idosos acima de 75 anos e indígenas.

Quais vacinas serão utilizadas no Brasil?

Nesta quinta-feira, 10 de dezembro de 2020, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou que vacinas contra COVID-19 serão utilizadas de forma emergencial no Brasil. Isso significa que os imunizantes serão usados como experimentos já que nenhuma das vacinas recebeu o registro oficial ainda.

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A decisão foi tomada pela diretoria da Anvisa, que votou com unanimidade pelo uso das vacinas contra COVID-19. A relatora do processo foi Alessandra Bastos Soares, que ressaltou “no momento o Brasil não tem outro caminho, já que estamos em estado de urgência. O país já alcançou 178.995 mortos pela doença, sendo 836 só hoje”, disse.

Alessandra Bastos Soares também informou que nenhuma empresa pediu, oficialmente, que a Anvisa desse uma autorização emergencial para as vacinas contra COVID-19. Mas, assim que a solicitação for feita, a nova regra será aplicada.

Segundo a diretora, quem deve conduzir o processo de imunização emergencial é o Ministério da Saúde, os laboratórios devem continuar todo o processo de registro oficial.

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Em São Paulo, vacinação está prevista para 25 de janeiro de 2021

O governador do estado de São Paulo, João Dória, disse em pronunciamento, nesta segunda-feira (07/12), que a vacinação contra COVID-19 vai começar no dia 25 de janeiro de 2021.

A vacina adotada pelo governo é a CoronaVac – imunização do laboratório chinês Sinovac e que tem uma parceria com o Instituto Butantan – que ainda não foi aprovada pela Anvisa.

Segundo a fala de Dória, o primeiro grupo a receber a vacina será os profissionais de saúde, idosos com mais de 60 anos e indígenas e quilombolas do estado de São Paulo.

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