Vacinas contra COVID-19 são aprovadas emergencialmente pela Anvisa

Nesta quinta-feira, 10 de dezembro de 2020, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou que vacinas contra COVID-19 sejam usadas emergencialmente no Brasil. Por conta do caráter emergencial, os imunizantes serão usados como experimentos já que nenhuma das vacinas recebeu o registro oficial ainda. continua depois da publicidade A decisão foi tomada pela diretoria […]

Nesta quinta-feira, 10 de dezembro de 2020, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou que vacinas contra COVID-19 sejam usadas emergencialmente no Brasil. Por conta do caráter emergencial, os imunizantes serão usados como experimentos já que nenhuma das vacinas recebeu o registro oficial ainda.

continua depois da publicidade

A decisão foi tomada pela diretoria da Anvisa, que votou com unanimidade pelo uso das vacinas contra COVID-19. A relatora do processo foi Alessandra Bastos Soares, que ressaltou que no momento o Brasil não tem outro caminho, já que estamos em estado de urgência. O país já alcançou 178.995 mortos pela doença, sendo 836 só hoje.

Alessandra Bastos Soares também informou que nenhuma empresa pediu, oficialmente, que a Anvisa desse uma autorização emergencial para as vacinas contra COVID-19. Mas, assim que a solicitação for feita, a nova regra será aplicada. Segundo a diretora, quem deve conduzir o processo de imunização emergencial é o Ministério da Saúde, os laboratórios devem continuar todo o processo de registro oficial.

continua depois da publicidade

Reino Unido já disponibilizou vacinas

A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ainda citou o exemplo do Reino Unido sobre a vacinação emergencial. A nação foi a primeira no mundo a iniciar a vacinação contra COVID-19, a primeira pessoa a ser vacinada foi uma inglesa de 90 anos na última terça-feira. Mas, a vacina utilizada, da fabricante Pfizer/BioNTech, gerou uma reação alérgica grave em duas das pessoas imunizadas no primeiro dia de vacinação.

Por conta disso, o Governo Britânico aconselhou que pessoas com histórico de reações alérgicas graves não se vacinem. As pessoas que sofreram a reação à vacina eram do grupo hospitalar e, aparentemente, tinham histórico de reações alérgicas. Os dois sofreram choque anafilático, mas estão se recuperando bem. Cinquenta grandes hospitais do Reino Unido iniciaram a vacinação no último dia 8.

Vacinas contra COVID-19 no Brasil

No Brasil, a expectativa é que a CoronaVac – vacina do laboratório chinês Sinovac que possui parceria com o Instituto Butantan – seja o primeiro imunizante liberado. O Governo Estadual de São Paulo já informou que pretende iniciar a campanha de vacinação em 25 de janeiro de 2021, e já liberou até calendário de vacinação no estado:

continua depois da publicidade
  • Trabalhadores da saúde, indígenas e quilombolas receberão a primeira dose no dia 25 de janeiro e a segunda no dia 15 de fevereiro;
  • Idosos com 75 anos ou mais receberão a primeira dose em 08 de fevereiro e a segunda dose em 1° de março;
  • Idosos de 70 a 74 anos ou mais receberão a primeira dose em 15 de fevereiro e a segunda dose em 8 de março;
  • Idosos de 65 a 69 anos ou mais receberão a primeira dose em 22 de fevereiro e a segunda dose em 15 de março;
  • Idosos de 60 a 64 anos ou mais receberão a primeira dose em 1° março e a segunda dose em 22 de março;

Mesmo com os insumos da CoronaVac no Brasil, a vacina ainda está na fase 3 de testes em voluntários e precisa da autorização da Anvisa para que seja liberada.