Vacina contra COVID-19: Butantan adia entrega de resultados da CoronaVac

Nesta segunda-feira (14/12), o Instituto Butantan decidiu prorrogar a data de entrega dos resultados dos testes com a CoronaVac à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A documentação dos estudos clínicos com a vacina contra da COVID-19 é necessária para que a Anvisa possa fazer análises e verificar a possibilidade de autorizar seu uso emergencial. […]

Nesta segunda-feira (14/12), o Instituto Butantan decidiu prorrogar a data de entrega dos resultados dos testes com a CoronaVac à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A documentação dos estudos clínicos com a vacina contra da COVID-19 é necessária para que a Anvisa possa fazer análises e verificar a possibilidade de autorizar seu uso emergencial.

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A CoronaVac está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a biofarmacêutica chinesa Sinovac. O prazo determinado pelo instituto para a entrega da documentação final dos testes com a vacina contra a COVID-19 era esta terça-feira (15/12). O novo prazo para a entrega dos resultados à Anvisa é o dia 23 de dezembro.

Este adiamento pode atrasar os planos governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Ele pretendia começar a vacinar a população do estado em 25 de janeiro de 2021.

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Infraestrutura

O Conselho Nacional de Climatização e Refrigeração (CNCR) diz que o Brasil possui capacidade de adequar a infraestrutura nacional de refrigeração para manter a temperatura necessária para preservar a qualidade das vacinas contra COVID-19, como a Pfizer que é de -70ºC. O custo desses ajustes não foi informado pelo conselho.

No início de dezembro, a Pfizer apresentou um plano logístico detalhado, com todas as ferramentas necessárias para assegurar o transporte, armazenamento e monitoramento contínuo da temperatura da vacina contra a COVID-19. A projeto sugeria a inclusão do uso de caixas com gelo seco, onde o imunizante seria mantido a -75ºC por 15 dias.

A corrida da vacina contra a COVID-19

Das vacinas contra a COVID-19 que tem sido produzidas no exterior, as que possuem o maior potencial de uso no Brasil são: AstraZeneca e Oxford (Reino Unido), a Sinovac (China), a Pfizer (Estados Unidos) com a BionTech (Alemanha). Acordos foram feitos entre as fabricantes dos imunizantes e o governo federal.

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O governo brasileiro estabeleceu um acordo com os produtores da vacina contra a COVID-19 de Oxford, para o recebimento de 100 milhões de doses do imunizante que seriam reproduzidos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Brasil. Para a compra das doses foram reservados R$ 1,9 bilhão. Contudo, os estudos que fundamentam a eficácia desta vacina são alvo de debate nos Estados Unidos.

Outro termo de compromisso foi assinado pelo governo brasileiro para adquirir 70 milhões de doses da vacina da Pfizer e BionTech. No último sábado (12/12), o Ministério da Saúde apresentou o plano nacional de vacinação contra a COVID-19, que conta com a aplicação da vacina em 4 fases, com grupos prioritários. As datas para a implementação do plano não foram divulgadas.

Em meados de outubro, o Ministério da Saúde anunciou a compra de 46 milhões de doses da chamada CoronaVac, desenvolvida pela biofarmacêutica chinesa Sinovac. O ministro Eduardo Pazuello assinou o protocolo de intenções que estabelecia as condições da compra.  Contudo um dia depois da assinatura do protocolo, o presidente Jair Bolsonaro decidiu fazer o cancelamento do acordo entre o Ministério e a Sinovac.

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