Na última quarta-feira (08/12), a Organização Mundial da Saúde – OMS divulgou o seu relatório sobre os casos da variante Ômicron da COVID-19, em que aponta que a mutação já chegou a 57 países. De acordo com a entidade, o risco de a variante aumentar o número de internações hospitalares é alto.
Ainda é necessário um número maior de estudos para avaliar os reais riscos de gravidade da variante. No momento, a Ômicron é classificada como de alto risco pela OMS, sendo, desse modo, a quinta variante da SARS-CoV-2 a ter essa classificação.
Ela provocou inúmeros casos na África do Sul, local onde foi identificada. Os primeiros estudos já concluíram que as mutações que ocorrem na variante Ômicron são capazes de reduzir a atividade neutralizadora dos anticorpos. Isso provoca uma proteção menor da imunidade natural do indivíduo infectado.
O impacto da variante Ômicron vem sendo considerável nos países, sobretudo nos que já estavam viabilizando a reabertura comercial e flexibilização das medidas sanitárias. Entre 29 de novembro e 05 de dezembro, a variante teve um aumento no mundo com 4 milhões de casos confirmados. O número de mortes também teve um aumento de 10%.
Os países que tiveram aumento nos casos de COVID-19 foram Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, França e Rússia.
Ômicron no Brasil
Até o momento, o Brasil registra seis casos confirmados da nova variante, sendo três em São Paulo, dois no Distrito Federal e um no Rio Grande do Sul. O governo federal editou uma Medida Provisória na contramão dos demais países e manifestaram-se contra o chamado “passaporte da vacina”.
Um estudo divulgado pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) apontou que oito em cada 10 pessoas que morreram no Brasil em decorrência da COVID-19 não estavam imunizadas.