Marinha e USP vão produzir ventiladores pulmonares

No Brasil, a Marinha e USP vão fabricar, em parceria, ventiladores para auxiliar pacientes com COVID-19.

A Marinha Brasileira e a Universidade de São Paulo se uniram para produzir ventiladores pulmonares, também chamados de respiradores, para ajudar os pacientes acometidos pela COVID-19. A previsão é de que os primeiros aparelhos possam ser distribuídos nas próximas semanas, tudo dependerá da autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar as produções.

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O respirador, intitulado de Inspire, será uma alternativa emergencial mais barata, que poderá ser montada em até duas horas. Hoje, o Centro de Coordenação de Estudos da Marinha em São Paulo tem capacidade de produzir até 50 aparelhos por dia, podendo ser ampliado.

O custo estimado de cada ventilador pulmonar é de mil reais, 15 vezes menos que o mais barato vendido no mercado, de acordo com a USP.

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O aparelho já foi testado em pacientes do Instituto do Coração, do Hospital das Clínicas e foi considerado aprovado neste estudo, inclusive no modo assistido controlado por pressão. Por isso, é uma notícia otimista em meio à pandemia do novo coronavírus.

A ideia de criar o ventilador pulmonar de baixo custo e com produção rápida surgiu em março. O objetivo é oferecer uma alternativa para suprir a demanda emergencial do aparelho para tratamento da COVID-19, já que no mundo todo tem sido difícil o acesso a grandes quantidades dos aparelhos.

Por que os respiradores são primordiais para tratar a COVID-19?

O novo coronavírus é uma doença respiratória que, na maioria dos casos, apresenta sintomas leves parecidos com um resfriado. Apesar disso, existe um grupo de pessoas que terá a versão mais grave da doença, estima-se que 5% da população.

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As pessoas desse grupo podem ter complicações graves, que incluam internação em UTIs. O grupo de risco inclui os idosos, pessoas com doenças respiratórias crônicas, com doenças cardíacas, diabéticas e hipertensas.

A grande questão é que se faltarem aparelhos, pacientes que precisem de ajuda artificial para respirar podem morrer por ausência de suprimento de oxigênio.

Por isso, alternativas tem sido adotadas para suprir essa demanda. A iniciativa da Marinha e USP pode ser de extrema importância de caráter nacional.

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