Preço da cesta básica sobe em 16 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese; entenda

Conforme o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o preço da cesta básica aumentou em 16 das 17 capitais analisadas. Os dados dizem respeito ao mês de novembro de 2020 e foram reunidos por meio da ‘Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos’. continua depois da publicidade O Dieese informou que o arroz, […]

Conforme o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o preço da cesta básica aumentou em 16 das 17 capitais analisadas. Os dados dizem respeito ao mês de novembro de 2020 e foram reunidos por meio da ‘Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos’.

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O Dieese informou que o arroz, o óleo de soja, a carne, o tomate e a batata tiveram alta considerável na maioria das capitais. Em razão da pandemia ocasionada pela COVID-19, a coleta dos dados está sendo realizada de maneira remota.

Preço da cesta básica em novembro

De acordo com a pesquisa, a cesta básica mais cara do país é a do Rio de Janeiro/RJ (R$ 629,63). O preço mais em conta, por outro lado, foi observado em Aracaju/SE: cerca de R$ 451,32. Recife foi a única cidade analisada em que o preço da cesta básica caiu (menos 1,30% de seu valor costumeiro). Já as maiores altas puderam ser observadas em Brasília/DF (17,05%), Campo Grande/MS (13,26%) e Vitória/ES (9,72%).

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Com base no preço da cesta básica mais cara, o Dieese explicou que o salário mínimo vigente não daria conta de suprir todas as despesas dos trabalhadores. Seria necessário, no mês de novembro de 2020, quintuplicar o valor atual de R$ 1.045 para arcar com alimentação, moradia, saúde, educação, higiene, etc.

“Alta no índice vem do setor alimentício”

Conforme o coordenador do “Índice de Preços ao Consumidor” da FGV, não há descontrole generalizado nos preços das mercadorias. A alta no índice da inflação está sendo majoritariamente ocasionada pelo ‘setor alimentício’.

“Não [há um descontrole generalizado na inflação]. A inflação está muito concentrada em alimentos. A alimentação explica, hoje, 90% do resultado dos índices de preços ao consumidor”, informou o economista André Braz para a Agência Estado.

No entanto, ele admitiu que aconteceu uma espécie de “espalhamento” no aumento dos preços. A principal causa estaria associada à desvalorização do real, o que ocasionou no custo elevado de outros itens industrializados, como eletrodomésticos e automóveis.

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“O problema seria entrar numa espiral inflacionária espalhada em muitos bens e serviços e com caráter duradouro. Mas essa não é a característica da inflação no curto prazo. Até porque estamos com a economia desaquecida, com desemprego alto”, complementou.