Auxílio emergencial AINDA pode ser prorrogado para 2021? Entenda

O ministro da Economia, Paulo Guedes, já informou que não pretende renovas novas parcelas do auxílio emergencial para 2021. Ele chegou a mencionar que a prorrogação somente poderá ser aprovada com uma nova onda da COVID-19 no país. Por outro lado, especialistas da pasta indicam que despesas extraordinárias vão continuar sendo importantes mesmo se os […]

O ministro da Economia, Paulo Guedes, já informou que não pretende renovas novas parcelas do auxílio emergencial para 2021. Ele chegou a mencionar que a prorrogação somente poderá ser aprovada com uma nova onda da COVID-19 no país. Por outro lado, especialistas da pasta indicam que despesas extraordinárias vão continuar sendo importantes mesmo se os contágios diminuírem no ano que vem.

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Com base nas fontes ouvidas pela Folha de S. Paulo, haverá demanda por mais serviços de saúde, além de orçamento extra para o plano de vacinação no Brasil. A equipe técnica de Guedes, pelo visto, acredita que a extensão do estado de calamidade pública deve ser implementada para que o teto de gastos não seja descumprido.

E qual é a opinião dos parlamentes sobre a prorrogação do auxílio emergencial em 2021? Com base na pesquisa promovida pela XP Investimentos, 45% dos deputados e senadores demonstraram apoio às novas parcelas do programa. Eles consideram que a extensão do benefício, com o objetivo de amparar as pessoas economicamente vulneráveis, seria ‘mais prática’ do que elaborar um projeto do zero.

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Alternativas

Para que o auxílio emergencial seja prorrogado em 2021, a equipe do governo e os parlamentares precisam encontrar formas viáveis para o financiamento das novas parcelas. O programa, até o final de 2020, custará R$ 322 bilhões aos cofres públicos. Ao que tudo indica, não há brecha para a extensão do auxílio dentro do teto de gastos. Por isso, seria necessário aprovar uma exceção para créditos extraordinários.

A equipe econômica, em debates internos, está cogitando a possibilidade de fornecer alternativas à população mais vulnerável. Assim sendo, a estratégia é de adiantar o abono salarial, antecipar o 13º salário para aposentados e pensionistas, além de autorizar um novo saque do FGTS emergencial.

Proposta quer auxílio emergencial até março de 2021

No dia 14 de dezembro de 2020, o senador Alessandro Vieira apresentou uma nova proposta para manter o auxílio emergencial em 2021. A ideia é de prorrogar as parcelas de R$ 300 até o mês de março do ano que vem. Lembrando que Vieira também foi o relator da lei que instituiu o auxílio emergencial.

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“O fato é que, por conta da inércia do governo federal, simplesmente não teremos um programa nacional de vacinação em execução antes de março. É preciso fazer essa ponte para manter o mínimo de estabilidade social até lá”, explicou.

Para que a prorrogação do auxílio emergencial seja devidamente aprovada, o projeto precisará passar pelo Senado Federal e pela Câmara dos Deputados. “A agenda social precisa ser revista, para abranger as milhões de famílias vulneráveis à pobreza que a pandemia evidenciou”, finalizou.

Maia não colocará prorrogação em pauta

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, já destacou que não colocará a prorrogação do auxílio emergencial em pauta até fevereiro de 2021. Além do mais, ele disse que o estado de calamidade pública deverá terminar neste mês de dezembro.

“Nenhum desses assuntos será pautado na Câmara até primeiro de fevereiro [prorrogação do auxílio e estado de calamidade pública]. O governo que esqueça isso. Aqueles que sonham com um jeitinho na solução para o teto de gastos que aproveitem a chegada do próximo presidente da Câmara, que terá a coragem de ser o responsável por uma profunda crise econômica e social deste país”, afirmou Maia.

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Ele também se mostrou preocupado com a postura política do presidente Jair Bolsonaro frente à crise econômica. Segundo Maia, não existe nenhuma reforma ou medida para amenizar os impactos ocasionados pelo contexto de pandemia. “Não haverá prorrogação da emenda constituição da guerra e não haverá, em hipótese alguma, votação de nenhuma mensagem que prorrogue o estado de calamidade”, reforçou.