Auxílio Brasil (Novo Bolsa Família) pode ser pago em novembro; confira

Além do aumento do benefício através do Auxílio Brasil, a equipe econômica estuda a possibilidade de atender um maior número de pessoas.

O presidente Jair Bolsonaro, acompanhado de alguns ministros, foi ao Congresso para entregar a Medida Provisória que cria o Auxílio Brasil, ou seja, o novo Bolsa Família. Esse programa poderá unificar várias políticas públicas, de assistência social, saúde, educação, emprego e renda. A entrega da MP foi realizada nesta quarta-feira, dia 09 de agosto.

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O texto da medida e da Proposta de Emenda Constitucional (PEC), que prevê o parcelamento de precatórios a serem pagos pela União, foram entregues ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). O novo programa Auxílio Brasil vai substituir o Bolsa Família. A expectativa é que o benefício passe de R$ 186,00 para R$ 300,00.

Além do aumento do benefício através do novo programa, a equipe econômica do Governo Federal estuda a possibilidade de atender um maior número de pessoas. Passando de 14,6 milhões de pessoas que hoje são atendidas pelo Bolsa Família para 16 milhões pelo Auxílio Brasil.

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Arthur Lira, em entrevista ao portal da Câmara dos deputados, disse que as propostas serão apreciadas de forma rápida pelos deputados.

“A Câmara vai se dedicar a fazer o melhor, com responsabilidade elevada. Essa matéria (novo Bolsa Família) tem urgência, como também a PEC dos precatórios, antes do envio do Orçamento, para que haja previsibilidade nas ações do Poder Executivo para o ano de 2022”, comentou o presidente da Câmara.

PEC que parcela precatórios da União

Já o outro texto da Proposta de Emenda Constitucional, que estabelece o parcelamento dos precatórios recebidos da União, deve contribuir para a criação de uma previsão antecipada dos gastos. Isso poderá facilitar a estruturação do orçamento do Governo Federal.

Também vai regularizar o pagamento das dívidas que estão sendo efetuadas pela União.

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Auxílio Brasil vai substituir nove programas

São nove programas com modalidades diferentes, que foram unificados na Medida Provisória que cria o Auxílio Brasil. De acordo com as informações do Ministério da Cidadania, confira a descrição dos programas e como eles devem funcionar:

  • Primeira Infância: contempla famílias com crianças entre zero e 36 meses incompletos;
  • Composição Familiar: diferente do Bolsa Família, que limita o benefício aos jovens de até 17 anos, será direcionado também aos beneficiários de 18 a 21 anos incompletos;
  • Superação da Extrema Pobreza: após receber os benefícios anteriores e a renda mensal per capita da família não superar a linha da extrema pobreza, ela terá direito a um apoio financeiro sem limitações. O valor estará relacionado ao número de integrantes de cada unidade familiar;
  • Esporte Escolar: benefício para estudantes com idades entre 12 e 17 anos incompletos, desde que sejam membros de famílias beneficiárias do Auxílio Brasil e se destacarem nos Jogos Escolares Brasileiros;
  • Bolsa de Iniciação Científica Júnior: destinado para estudantes com bom desempenho em competições acadêmicas e científicas, desde que sejam beneficiários do Auxílio Brasil. A transferência do valor será feita em 12 parcelas mensais;
  • Auxílio Criança Cidadã: para responsável por família com criança de zero a 48 meses incompletos, desde que consiga fonte de renda mas não encontre vaga em creches públicas ou privadas da rede conveniada. O valor será pago até a criança completar 48 meses de vida. Limite por núcleo familiar ainda será regulamentado;
  • Auxílio Inclusão Produtiva Rural: pago por até 36 meses aos agricultores familiares, desde que vinculados ao Cadastro Único (CadÚnico);
  • Auxílio Inclusão Produtiva Urbana: direcionado para quem estiver na folha de pagamento do programa Auxílio Brasil e comprovar vínculo de emprego formal receberá o benefício;
  • Compensatório de Transição: para famílias que estavam na folha de pagamento do Bolsa Família e perderem parte do valor recebido em decorrência do enquadramento no Auxílio Brasil. O benefício será concedido no período de implementação do novo programa e, por conseguinte, mantido até que haja majoração do valor recebido pela família – ou até que não se enquadre mais nos critérios de elegibilidade.

O Governo Federal, através do Ministério da Cidadania, também anunciou que os beneficiários que tiverem aumento da renda per capita, e ela ultrapasse o limite para a inclusão no Auxílio Brasil, serão mantidos na folha de pagamento por mais 24 meses. Isso vem dentro da “Regra de Emancipação”.

A MP também criou o Programa Alimenta Brasil, que substitui o Programa de Aquisição de Alimentos. Serão mantidas as normas já existentes, garantindo transparência e visibilidade às compras públicas da agricultura familiar. Isso poderá ajudar na emancipação do agricultor e incentivar a agricultura familiar.

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Os produtos serão comprados pelo Alimenta Brasil para garantir uma renda mínima das famílias na área rural. Lembrando que os alimentos comprados serão doados à rede socioassistencial, permitindo que as famílias em situação de vulnerabilidade tenham acesso à alimentação de qualidade. Ainda será pago para os agricultores em situação de extrema pobreza o Auxílio Inclusão Produtiva Rural; provavelmente por até 36 meses.