Mulher é encontrada em alto mar após ficar dois anos desaparecida

Depois de ficar quase dois anos sem dar notícias à sua família, Angelica Gaitán foi encontrada em alto mar por um pescador a cerca de 2,5 km da costa de Barranquilla, Colômbia. Em entrevista a uma rádio local, Rolando Visbal — que a resgatou —, disse que pensou ter visto um tronco de árvore, mas […]

Depois de ficar quase dois anos sem dar notícias à sua família, Angelica Gaitán foi encontrada em alto mar por um pescador a cerca de 2,5 km da costa de Barranquilla, Colômbia. Em entrevista a uma rádio local, Rolando Visbal — que a resgatou —, disse que pensou ter visto um tronco de árvore, mas só percebeu que se tratava de uma pessoa quando a mulher começou a se mexer.

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Após oito horas em alto mar, Angelica estava com hipotermia quando foi resgatada e deu entrada no hospital já em estado de choque. Também em entrevista, a mulher de 46 anos contou que seus familiares, que mora em Bogotá, a consideravam desaparecida há dois anos por não terem mais notícias dela. Esse distanciamento se deu porque a família não apoiava o relacionamento de Angelica — e este foi o motivo da tentativa de suicídio! 

Ela afirmou que se jogou no mar para escapar do ex-marido, que a agredia e a abusava psicologicamente. Angelica Gaitán também detalhou seu cotidiano com o agressor, com quem foi casada por 20 anos. Ele a maltratava sempre e chegou a quebrar os ossos de seu rosto, em setembro de 2018, quando ela tentou sair de casa. Gaitán conseguiu escapar, mas passou seis meses vagando pelas ruas até ser encaminhada para um abrigo em Barranquilla. 

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Medida Protetiva

No dia 25 de setembro de 2020, Angelica recebeu o aviso de que a medida protetiva que tinha contra o ex-marido foi suspensa. Por conta disso, ela deveria deixar o abrigo e voltar para a casa de seu agressor. Por desespero, ela se jogou no mar. A família da mulher foi comunicada e entrou em contato com ela. “Eu renasci”, disse Gaitán a rádio local. 

Violência contra a mulher

Segundo dados do Instituto de Medicina Legal y Ciencias Forenses, entre os anos de 2004 e 2008, foram mortas 6.603 mulheres colombianas vítimas de violência doméstica. Em 71,6% dos casos, o agressor era membro da família, marido ou ex-marido. O estudo ainda mostrou que, no mesmo período, 206.735 mulheres foram vítimas de violência doméstica no país. 

Comparado aos números do Brasil, os casos de violência contra a mulher na Colômbia são baixos. Em levantamento da ONU, de 2017, o Brasil detinha 40% dos feminicídios da América Latina, com índice de 1,1 assassinatos a cada 100 mil habitantes, enquanto a Colômbia tinha um índice de 0,6.

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