Quais foram as novas formas de vida encontradas na Antártida?

Entenda o que são e como se comportam estes novos organismos encontrados nas profundezas da Antártida.

As profundezas do oceano são cercadas de mistérios. Isso porque, lá embaixo é extremamente escuro e povoado por criaturas e microrganismos desconhecidos na superfície. Tais características, por si só, são um prato cheio para especulações e tentativas de estudo.

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Porém, quando falamos das profundezas na Antártida, a situação fica ainda mais intrigante. Além da falta de luz e seres desconhecidos, nesta região, as temperaturas muito abaixo de zero trazem maior complexidade para a equação. Por isso, a descoberta da existência de criaturas que vivem presas em rochas congeladas impressionou a comunidade científica.

Os seres foram encontrados abaixo de 890 metros da superfície de gelo, o que corresponde a 1.233 metros do fundo do mar. Uma das espécies encontrada foi classificada como uma esponja estacionária, por se encontrar presa às rochas através de um caule.

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Também foram descobertas outras 15 esponjas sem caule e 22 organismos ainda não identificados. As esponjas que ficam estacionadas em rochas chamaram a atenção dos cientistas, haja vista que as pesquisas realizadas até o momento mostravam que a vida existente sob o gelo é composta de pequenas criaturas que se movimentam, tal como peixes e águas-vivas.

Outro fator importante é que esses seres estavam em um lugar muito distante da região onde é possível realizar fotossíntese. O achado foi possível devida a perfuração de uma plataforma de gelo longe da luz e do calor. Pela dificuldade de acesso, os estudos na região ainda estão em estágio inicial.

Não se sabe ao certo quais e todas as características dos seres vivos que habitam a região. O que se sabe é que a vida marinha na Antártida é incrivelmente adaptável ao mundo congelado, visto que boa parte da vida no planeta depende do Sol para viver.

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Assim, para sobreviver no escuro e no frio, uma das estratégias usadas pelos organismos é a aproximação de fontes termais oceânicas, onde o calor e compostos químicos liberados ajudam as bactérias a realizar a quimiossíntese, processo feito por alguns seres para produção de energia.

Mesmo entendendo a importância da nova descoberta, os pesquisadores enxergam um grande desafio pela frente ao tentar mapear e entender as formas de vida nas profundezas. O episódio abre margem para mais perguntas do que respostas.

Afinal, como esses seres se alimentam? Por quanto tempo permanecem estacionados naquelas rochas? E por aí vai. Para encontrar respostas, os cientistas farão um estudo detalhado dos organismos e tentarão chegar cada vez mais fundo no oceano.

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