Na madrugada da última segunda-feira (04/05), Aldir Blanc faleceu em decorrência de COVID-19. O escritor e compositor havia dado entrada na Coordenação de Emergência Regional (CER) do Leblon com infecção urinária e pneumonia. A partir do dia 10 de abril, seu estado evoluiu para um quadro de infecção cada vez mais generalizado.
Os profissionais tiveram que encaminhar Aldir Blanc para o Hospital Universitário Pedro Ernesto, em Vila Isabel, Zona Norte do Rio. Ele chegou a apresentar sinais de melhoras, mesmo tendo que ficar sedado durante grande parte do tempo. Contudo, o artista infelizmente não resistiu e veio a falecer.
Aldir Blanc, de 73 anos, deixou composições que marcaram a história de diversos brasileiros. Em parceria com João Bosco, escreveu músicas como “O Bêbado e o Equilibrista”; a cantora Elis Regina imortalizou a canção.
O artista também era apaixonado pelo mundo das crônicas, ainda mais quando as histórias estavam ligadas com o bairro Vila Isabel e o seu time do coração, Vasco da Gama. Carnavalesco de carteirinha, Blanc chegou a batizar um dos tradicionais blocos do Rio, “Simpatia É Quase Amor”.
Trajetória de Aldir Blanc
Em 2 de setembro de 1946, nascia um artista com o potencial de mudar a história do Rio de Janeiro. Aldir Blanc, desde pequeno, sempre foi daqueles que observam tudo ao redor. Captava a alma do subúrbio e era poeta urbano.
Ingressou na Faculdade de Medicina, no ano de 1966, e se especializou em Psiquiatria. Mas ele aguentou por muito tempo? Nada disso. No ano de 1973, abandonou a área para se dedicar à música. Mal saiba que acabaria se tornando um dos mais importantes compositores de Música Popular Brasileira (MPB).
A obra de Blanc reúne dezenas de canções feitas em parceria com outros artistas, como Moacyr Luz, Paulo Emílio, Carlos Lyra, Guinga, Edu Lobo, Wagner Tiso, César Costa Filho, Cristóvão Bastos, Roberto Menescal e Ivan Lins.