Com pandemia, país perde 1,1 mi de vagas formais em março e abril

De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (27/05), o Brasil perdeu mais de um milhão de vagas formais em março e abril de 2020. Os empregos sofreram consequências palpáveis ao longo da crise do coronavírus. Dessa maneira, diversos setores da economia brasileira tiveram que paralisar suas atividades. continua depois da publicidade Os números foram confirmados […]

De acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (27/05), o Brasil perdeu mais de um milhão de vagas formais em março e abril de 2020. Os empregos sofreram consequências palpáveis ao longo da crise do coronavírus. Dessa maneira, diversos setores da economia brasileira tiveram que paralisar suas atividades.

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Os números foram confirmados pelo governo federal e disponibilizados por meio do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Conforme os cálculos do saldo, os cortes de empregos em carteira assinada começaram em março.

Foram registradas mais de 240.702 perdas de vagas em carteira assinada. Por conseguinte, os impactos da pandemia se estenderam para os 30 dias posteriores.

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Ao menos 860.503 de vagas formais foram perdidas, sendo o pior resultado desde 1992 para um mesmo mês de abril. Além do mais, a performance no quadrimestre foi a mais baixa desde o ano de 2011 (36,824 milhões de empregos formais).

Perda das vagas formais em números

  • Janeiro e fevereiro: as contratações alcançaram as demissões no país (saldo positivo de 113.155 vagas formais);
  • Março: foram 1.386.126 contratações contra 1.626.828 demissões (saldo negativo de 240.702 vagas formais);
  • Abril: foram 598.596 contratações e 1.459.099 demissões (saldo negativo de 860.503 vagas formais).

Em nota, o Ministério da Economia confirmou que os impactos teriam sido mais graves sem os repasses do auxílio emergencial.

As jornadas reduzidas e os contratos suspensos também amenizaram a crise econômica no país. De acordo com a pasta, foram preservados 8,1 milhões de empregos por meio dos incentivos aplicados.

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Mudança no sistema

Os dados do Caged são normalmente divulgados uma vez por mês. No entanto, o sistema de preenchimento de dados sofreu alterações que impactaram no atraso dos cálculos.

O Ministério da Economia, no final de março, também afirmou que o cenário de calamidade pública vinha dificultando ainda mais o cadastro das informações.

Vale ressaltar que o Caged considera apenas as vagas de carteira assinada. Existem cálculos mais amplos sobre desemprego que também foram apresentados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

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A última das pesquisas denota que o Brasil tinha pelo menos 12,9 milhões de desempregados no final de março de 2020.