Presidente Bolsonaro nega que auxílio emergencial vá durar muito tempo

O presidente da república, Jair Messias Bolsonaro disse, nesta segunda (19/10), que várias dívidas impedem que o pagamento do auxílio emergencial continue por mais tempo. Porém, mesmo que ele já tenha dito outras vezes que o benefício seria cortado, Bolsonaro deixou que a equipe econômica começasse a planejar um programa que substituirá (em tese) o […]

O presidente da república, Jair Messias Bolsonaro disse, nesta segunda (19/10), que várias dívidas impedem que o pagamento do auxílio emergencial continue por mais tempo. Porém, mesmo que ele já tenha dito outras vezes que o benefício seria cortado, Bolsonaro deixou que a equipe econômica começasse a planejar um programa que substituirá (em tese) o Bolsa Família: o Renda Cidadã.

continua depois da publicidade

O presidente disse: “Eu sei que R$ 600 é pouco para quem recebe, mas é muito para o Brasil. São R$ 50 bilhões por mês e tem que ter responsabilidade para usar a caneta Bic. Não dá para ficar muito tempo mais com esse auxílio porque realmente esse endividamento é monstruoso, mas o Brasil está saindo da crise, pelo que os números estão mostrando o Brasil está saindo da crise”.

Auxílio Emergencial

O auxílio emergencial custou aos cofres públicos R$ 321,8 bilhões de reais. A medida foi tomada pelo Governo Federal para combater a crise econômica gerada com a pandemia causada pelo novo Coronavírus. O benefício já foi concedido a 67,2 milhões de cidadãos brasileiros na primeira fase e sofreu uma mudança de requisitos para a segunda, quando foi anunciado pelo governo que nos quatro últimos meses do ano as parcelas seriam de R$ 300.

continua depois da publicidade

No início do mês, um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostrou que 61% dos beneficiários do auxílio emergencial ficarão sem assistência após o fim do projeto. Os outros 39% são beneficiários do programa Bolsa Família, que têm o benefício garantido por atenderem aos critérios do CadÚnico.

Renda Cidadã

Com um custo previsto de R$ 30 milhões para os cofres públicos, cerca 25 milhões a mais que o Bolsa Família, o Renda Cidadã é a melhor tentativa do governo federal de dar continuidade ao auxílio emergencial. Para isso, a equipe de Paulo Guedes, no Ministério da Economia, está se esforçando à procura de meios de financiamento do novo programa. O projeto ainda precisa passar por votação na Câmara dos Deputados e no Senado Federal.

Mas, recentemente foi dito pelo ministro da economia – durante evento online da XP Investimentos – que “Se não encontrarmos espaço fiscal para fazer um programa melhor, vamos voltar para o Bolsa Família. É melhor voltar para o Bolsa Família que promover um programa irresponsável”.

continua depois da publicidade

Em outra ocasião Guedes também afirmou que “Não haverá prorrogação do auxílio até junho de 2021. Não existe articulação para isso”. E que qualquer suposição sobre uma continuidade imediata do auxílio emergencial assim que ele acabar (31 de dezembro) é descabida.