Taxa de juros para pessoa física é a menor desde 2014

A taxa de juros das operações de créditos em abril foi de 5,73% (95,15% ao ano), a menor registrada em seis anos.

A taxa de juros das operações de créditos em abril de 2020 foi a menor já registrada no país desde 2014. A queda, em relação a março de 2020, foi de 0,06%, passando de 5,79% ao mês (96,49% no acumulado do ano) para 5,73% ao mês, o que corresponde a 95,15% ao ano.

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As taxas de juros das operações de créditos para pessoas jurídicas também caíram no período, com redução de 0,07% no mês, alcançando 44,25% ao ano — isso não era visto no país desde junho de 2013.

Esta situação tem justificativa, dentre outros fatores, em razão das quedas nos depósitos compulsórios, na possibilidade de renegociar dívidas a juros mais baixos e do apoio do governo federal às empresas pequenas e médias para cumprirem suas folhas de pagamento.

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Como isso reflete nas operações cotidianas?

Cartão de crédito

Os juros rotativos do cartão de crédito subiram em março, chegando a 326,4% ao ano. Isso representa um aumento de 3,8 pontos percentuais em comparação com o mês de fevereiro.

Já analisando o percentual de parcelamento das compras pelo cartão de crédito, os juros chegaram a 186,5% ao ano no mesmo período, representando um aumento de 0,1 ponto percentual.

Crédito pessoal

A taxa de juros do crédito pessoal, não consignado, subiu para 94,7% ao ano no mês março, representando uma queda de 11,9 pontos percentuais em comparação ao mês anterior.

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Já a taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) caiu 0,4 ponto percentual, indo para 21%.

A taxa selic pode reduzir ainda mais

A taxa selic foi reduzida de 3,75% para 3% ao ano em maio. Isso se deve basicamente ao momento incerto que a economia vive em razão da pandemia do novo coronavírus. As estimativas surgiram em reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que foi divulgada na última terça-feira (12).

Com a queda na taxa básica de juros, o dólar tende a aumentar ainda mais, fazendo com que as exportações fiquem mais vantajosas para o mercado brasileiro.

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Além disso, a expectativa considerada pelo Copom é de que haja uma queda forte do PIB na primeira metade deste ano. Depois disso, há a previsão de uma recuperação gradual a partir do terceiro trimestre de 2020.