Sem a venda dos ativos esperados, Saraiva corre risco de entrar em falência

A Saraiva já remonta dívidas milionárias e não consegue realizar a venda de ativos, que englobam pontos de vendas.

O mercado de livros no país teve uma queda brusca nos últimos anos e, pouco a pouco, ele teve que se reinventar para entrar em consonância com a tecnologia. Em 2020, o segmento apresentou melhoras. O mesmo não aconteceu com uma das mais tradicionais livrarias do país: a Saraiva.

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A empresa de comercialização de livros, que foi fundada em 1914, corre o risco de ter sua falência decretada. Isso porque a Saraiva já remonta dívidas milionárias e não consegue realizar a venda de ativos, que englobam pontos de vendas e até o domínio do e-commerce. A empresa buscava, com as vendas, aliviar as dívidas, não tem encontrado interesse no mercado.

Além disso, a empresa de tecnologia Infosys, que é uma das credoras, questionou judicialmente o plano de recuperação da empresa que foi apresentado no início do ano de 2021. A Justiça, agora, determinou que a Saraiva apresente uma nova proposta ao longo dos próximos dias. Caso a varejista não apresente, a Justiça afirmou que poderá decretar a sua falência.

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Recuperação judicial

Desde 2018, a empresa já vem passando por um processo de recuperação judicial. Foram mais de três tentativas de vender seus ativos para conseguir a estabilidade e recuperação. Entretanto, somente em 2018, suas dívidas gerais chegavam à casa dos R$ 674 milhões.

Em uma de suas propostas às empresas credoras, a Saraiva pediu um deságio de 80% das dívidas e, igualmente, pagaria o restante através de ações na Bolsa. Outra proposta que também não agradou seria a realização dos pagamentos até 2048, com início em 2016 e juros de 0,5% ano ano.

Durante 12 meses, a empresa reduziu seu número de lojas de 64 para 38 lojas. Isso também representou um prejuízo de R$ 45 milhões.

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