Pesquisa de Harvard sobre distanciamento ser inefetivo é fake news

Recentemente, nas redes sociais, alguns posts vêm sugerindo que pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, teriam concluído que o distanciamento social ou até mesmo o isolamento, não estariam sendo efetivos contra a disseminação do novo coronavírus (COVID-19). continua depois da publicidade Porém, fique atento, pois as informações divulgadas são falsas! Na verdade, as […]

Recentemente, nas redes sociais, alguns posts vêm sugerindo que pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, teriam concluído que o distanciamento social ou até mesmo o isolamento, não estariam sendo efetivos contra a disseminação do novo coronavírus (COVID-19).

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Porém, fique atento, pois as informações divulgadas são falsas! Na verdade, as pesquisas mais recentes indicam exatamente o contrário das fake news espalhadas na internet. Tanto o distanciamento social, quanto o isolamento, vêm se mostrando como uma arma bastante efetiva na luta contra a pandemia.

Alguns posts ainda trazem informações distorcidas sobre a Suécia. O país europeu foi um dos que no começo da pandemia não endureceu as regras da quarentena, dando um tratamento considerado por infectologistas como “light”.

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No momento, os suecos vêm sofrendo com uma escalada no número de casos e mortes decorrentes da COVID-19. O próprio governo considerou que as primeiras medidas foram um erro e agora está tentando correr atrás do prejuízo.

O artigo de Harvard

Os pesquisadores de Harvard concluíram em seu artigo que o distanciamento é fundamental para o controle da quantidade de casos de coronavírus. Eles também propuseram que o distanciamento social pode ser feito de forma intermitente, quando o primeiro pico de contágio passar.

Isso quer dizer que se o número de casos voltar a aumentar ao fim da quarentena, será preciso fazer outra campanha de distanciamento social com o objetivo de se reduzir os impactos causados pela doença e consequentemente eliminar o risco de um colapso no sistema de saúde.

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O estudo se baseou em modelos matemáticos onde eram levados em consideração os leitos disponíveis em hospitais e o número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Em seguida, eles determinaram a quantidade de pessoas que precisavam ser internadas e as que teriam necessidade de serem encaminhadas para UTI’s.

O artigo foi publicado, em inglês, no site da MedRxiv, uma das maiores plataformas de divulgação de conteúdos científicos da área da saúde. Por se tratar de um estudo inicial, a publicação ainda passará por revisões e estudos paralelos.

Como verificar se uma informação é verdadeira ou falsa

Sempre que você receber algum post ou notícia em sua rede social (Facebook, Instagram, Twitter ou Whatsapp), independentemente de quem te mandou, verifique se a informação é verdadeira. Uma simples busca no Google já ajuda bastante.

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Se ainda assim não ficar claro, acesse os sites de órgãos oficiais como o Ministério da Saúde, Secretarias Estaduais de Saúde ou o endereço eletrônico da Organização Mundial da Saúde. Essas sãos as fontes primárias de informação até mesmo dos sites e jornais de credibilidade.

Mais sobre o coronavírus: China revê números

Recentemente, a China reviu os dados de mortalidade do coronavírus. Somente em Wuhan, após os novos cálculos, os números de mortos aumentou em cerca de 50%. Graças ao distanciamento social, a China conseguiu conter o pico da doença e agora contabiliza poucos casos novos.