Médicos observam as novas formas de manifestação da COVID-19 em pacientes e, a cada dia, aparecem casos mais severos da doença. Muitas pessoas estão apresentando coagulação sanguínea, condição que pode levar os pacientes do coronavírus à óbito.
Isso é possível se o coágulo vai para o cérebro, coração ou para os pulmões. “Você assiste à coagulação bem na sua frente”, comentou em entrevista à CNN, Hibbert, que é diretor da unidade de terapia intensiva do Hospital Geral de Massachusetts.
Por esse motivo, um consórcio internacional de especialistas se juntou para trocar experiências sobre os pacientes da COVID-19 que apresentavam coagulação no sangue. O resultado identificado foi que, nos quadros mais graves da doença, os pacientes tinham pré-disposição ao coágulo sanguíneo.
Além disso, um estudo holandês analisou 184 pacientes na UTI com pneumonia relacionada à COVID-19 e constatou que mais de 20% estavam com problemas de coagulação.
Pacientes do coronavírus e coágulo sanguíneo
Quando um paciente está na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) ele já apresenta boas condições para a formação de coágulos sanguíneos. A justificativa, de forma geral, é de que o paciente fica completamente imóvel por muito tempo.
Para os casos relacionados à COVID-19, existe a teoria de que próprio coronavírus seja responsável pela produção de coágulos, algo com precedentes em outras doenças virais, mas que pode ser fatal.
A partir da coagulação sanguínea, existe uma dificuldade de acesso aos pulmões pelo sangue, o que impossibilita que ele remova o gás carbônico do local e leve oxigênio aos demais órgãos. Além disso, se o coágulo for no cérebro, a vítima corre o risco de sofrer um AVC.
De acordo com o pesquisador de medicina cardiovascular Dr. Behnood Bikdel, do Centro Médico Irving da Universidade de Columbia, três teorias podem justificar o aumento dos casos:
- A maioria dos pacientes, em casos graves, apresentam problemas médicos como diabetes, doenças cardíacas e pressão alta. Esses pacientes já possuem a tendência de coagular o sangue;
- Pacientes recebem “tempestade de citocinas” para combater o vírus no próprio corpo. E, com isso, apresentam maior risco de coagulação;
- Pode haver algo sobre o novo coronavírus que está causando coágulos.
Como o problema vem sendo tratado?
Corrigir esse quadro é uma tarefa complicada para os profissionais de medicina.
Com isso, enquanto não há um estudo conclusivo, é importante que os médicos estejam mais atentos aos seus pacientes de COVID-19.