É possível saber se a pessoa está mentindo apenas pelo tom de voz?

Será que você consegue identificar uma mentira apenas pela forma como ela é contada?

Mentir é uma atitude extremamente comum, e não há quem fique muito tempo sem contar uma lorota. Pode ser desde uma mentirinha “do bem”, como quando dizemos que não vamos na festa de aniversário de um conhecido porque estamos com dor de cabeça, ou mentiras maiores, que podem comprometer outras pessoas.

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Independentemente do tipo de mentira, o que não faltam são dúvidas a respeito dos sinais que nos permitem identificar um mentiroso. Além da linguagem corporal, que dá indícios de que uma pessoa não está falando a verdade quando ela coça muito o nariz ou fica olhando para os lados, por exemplo, há quem diga que o tom de voz pode entregar o Pinóquio de plantão.

Para comprovar a teoria, uma pesquisa publicada na revista Nature, voltada a conteúdos científicos, abordou essa temática. Com a ajuda de 115 pessoas voluntárias, os pesquisadores puderam analisar com cuidado a entonação de voz das pessoas quando elas estavam contando um “causo”.

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A pesquisa

De acordo com os achados dos cientistas, é possível, sim, identificar uma mentira através da análise da voz do indivíduo. O chamado padrão melódico, que foi avaliado durante o experimento, inclui a prosódia, que analisa tanto o tom quanto a velocidade da fala.

Com isso em mente, os cientistas se perguntaram se é possível fazer essa análise em idiomas diferentes, por isso, as pessoas que participaram da pesquisa falavam francês, inglês e espanhol. Os resultados mostraram que a variação de entonação era a mesma em todas essas línguas.

O primeiro teste envolveu a escuta de diversas palavras e a impressão que os participantes tinham a respeito da veracidade de cada uma delas.

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As palavras que mais receberam a classificação de honestas eram aquelas com uma entonação considerada descendente, que são as palavras ditas de forma mais alta no começo, e também as que foram pronunciadas de forma rápida.

No segundo teste, os participantes tinham que fazer a mesma classificação das palavras, mas, agora, contavam também com um contexto e uma história por trás delas, como quando foram informados de que a pessoa estava jogando pôquer.

As palavras consideradas verdadeiras foram classificadas de maneira semelhante ao que ocorreu com o primeiro teste. Os desonestos foram aqueles que falavam de maneira lenta, dando ênfase na parte do meio das palavras.

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Outro aspecto interessante da pesquisa foi que as palavras desonestas eram as mais lembradas pelos participantes. Será que é por isso que não nos esquecemos quando alguém nos conta uma mentira? Para ler o estudo completo, clique aqui.