Em novo teste rápido, COVID-19 e carga viral são detectadas pela saliva

Entre o processo de pesquisa e patenteamento, só existe um obstáculo: parceria com empresas para produção em larga escala. Entenda.

À medida que o tempo vai se estendendo, os estudos sobre a COVID-19 evoluem e proporcionam mais mecanismos de enfrentamento à pandemia. Uma novidade divulgada e patenteada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), inclusive, está relacionada aos testes rápidos para detecção em tempo hábil da presença do vírus em pacientes.

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O  teste para detecção do Sars-CoV-2 utiliza-se da coleta de saliva dos pacientes. De acordo com os dados de pesquisa divulgados pela UFSCar, a eficiência do teste é equivalente ao tradicional RT-PCR. Desse modo, torna-se de baixo custo e com eficácia para vários testes ao mesmo tempo. Outro dado positivo é que, além de detectar o vírus, o teste é capaz de pontuar a carga viral do paciente.

Esse teste utiliza-se de eletroquimioluminescente, que é uma emissão de luz a partir de reações eletroquímicas. Diante da reação patogênica, ou seja, de organismos que são capazes de causar doença em um hospedeiro, a luz sinaliza na cor vermelha.

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A carga viral é indicada através da intensidade dessa luz, sendo, portanto, capaz de identificar se a carga é alta ou baixa. Caso a luz vermelha não seja acionada, o paciente tem a chance de não estar, de fato, infectado. Um detalhe importante é a eficiência de forma simples e descomplicada, podendo, por exemplo, ser acoplado a um aparelho celular e mostrar o resultado na tela.

Até 20 testes poderão ser analisados ao mesmo tempo, fazendo com que seja bem mais rápido e eficaz. Esse já é o terceiro teste desenvolvido e com patente registrada pelo Laboratório de Bioanalítica e Eletroanalítica (LaBiE) da UFSCar.

Entre o processo de pesquisa e patenteamento, só existe um obstáculo: parceria com empresas para produção em larga escala. O primeiro teste rápido desenvolvido é bem semelhante a esse último, porém ele atua na detecção sensível da proteína spike, em que o sensor eletroquímico faz a captação da molécula viral e apresenta o resultado.

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O resultado, igualmente, pode ser adquirido através de um aparelho celular em questão de minutos. Os dois primeiros testes da UFSCar, ao que tudo indica, já estão em processo de negociação com empresas.