Bolsonaro assina decreto que torna salões de beleza e academia serviços essenciais

Decreto aumenta quantidade de serviços considerados essenciais em plena ascensão do número de casos de COVID-19 no país.

O presidente Jair Bolsonaro assinou um decreto no qual salões de beleza e academias passam a ser considerados serviços essenciais durante a pandemia do novo coronavírus (COVID-19). Sendo assim, mesmo contrariando recomendações da OMS, os setores podem funcionar apesar do distanciamento social.

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O decreto foi publicado nesta segunda-feira (11/05), no Diário Oficial da União. O presidente fez questão de anunciar a sua decisão aos repórteres na porta do Palácio da Alvorada no mesmo dia. É válido ressaltar que Bolsonaro já havia dado indicativos de que iria aumentar a quantidade de serviços considerados essenciais.

Um dia antes da publicação no Diário Oficial da União, o presidente conversou com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada. Durante o diálogo, ele afirmou ao ser questionado sobre a abertura do comércio que “amanhã devo botar mais algumas profissões como essenciais. Vou abrir, já que eles não querem abrir, a gente vai abrindo aí”. A promessa foi confirmada na segunda-feira.

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Governadores irão ignorar decisão

Apesar do decreto do presidente, alguns governadores já informaram que irão ignorar o ato de Bolsonaro. Como o STF decidiu que são os governadores que irão abrir ou fechar setores do comércio, legalmente, eles podem manter academias e salões de beleza fechados em seus estados. Governadores como Camilo Santana (PT) e Flávio Dino (PC do B), respectivamente Ceará e Maranhão, criticaram a decisão de Bolsonaro.

Teich surpreso pelo decreto

O ministro da saúde, Nelson Teich, demonstrou surpresa ao saber sobre o decreto. Durante coletiva de imprensa na qual estava dando os números da COVID-19 no país, o ministro obteve a informação por meio da imprensa. Ao ser questionamento sobre um repórter, Teich afirmou que não tinha conhecimento sobre o decreto e, por isso, a imprensa lhe informou.

Em seguida, após obter detalhes, lhe foi questionado sobre o que ele achava sobre o decreto. O ministro respondeu que havia sido uma decisão do presidente da república e que não lhe competia decidir sobre o tema.

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