Renda Cidadã é cancelado pelo governo federal; Guedes diz que prefere Bolsa Família

De acordo com informações preliminares, o governo federal teria cancelado a criação do Renda Cidadã por tempo indeterminado. A intenção da equipe econômica de Bolsonaro, seria de ampliar os repasses atuais do Bolsa Família para mais beneficiários brasileiros. Atualmente, esse programa já atende 14,2 milhões de unidades familiares. continua depois da publicidade O governo prevê […]

De acordo com informações preliminares, o governo federal teria cancelado a criação do Renda Cidadã por tempo indeterminado. A intenção da equipe econômica de Bolsonaro, seria de ampliar os repasses atuais do Bolsa Família para mais beneficiários brasileiros. Atualmente, esse programa já atende 14,2 milhões de unidades familiares.

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O governo prevê que ao menos três milhões de brasileiros vão precisar continuar recebendo algum tipo de assistência a partir do início de 2021. Afinal de contas, os pagamentos do auxílio emergencial provavelmente vão deixar de existir.

Esse benefício, transferido durante a pandemia da COVID-19, garantiu recursos para mais de 67 milhões de pessoas. Até o final deste ano, o auxílio emergencial vai ter um custo estimado em R$ 590 bilhões para os cofres públicos.

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Renda Cidadã cancelado? Quais são os planos para 2021?

A equipe econômica queria criar o Renda Cidadã, tratado como o substituto do Bolsa Família, ainda em 2020. O novo programa de assistência contemplaria mais beneficiários e, além disso, forneceria maiores parcelas para as unidades familiares.

Por outro lado, a proposta teria que se enquadrar dentro do teto de gastos públicos. O ministro da Economia, Paulo Guedes, queria extinguir outros programas sociais, como o abono salarial, para assegurar o funcionamento do Renda Cidadã.

Bolsa Família deve ser ampliado após o fim do auxílio emergencial

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A repercussão negativa fez com que o governo buscasse outras fontes de recursos. De acordo com apurações do Jornal O Globo, a ausência de alternativas ocasionou na necessidade de cancelar o Renda Cidadã para, assim, destinar o orçamento aos inscritos do Bolsa Família.

Vale lembrar que, no dia 16 de outubro de 2020, Paulo Guedes já havia sinalizado a decisão. O ministro da Economia afirmou que o Bolsa Família continuaria em 2021 se não houvesse espaço fiscal para a implementação do Renda Cidadã.

“Se não encontrarmos espaço fiscal para fazer um programa melhor, vamos voltar para o Bolsa Família. É melhor voltar para o Bolsa Família que promover um programa irresponsável”, explicou durante evento da XP Investimentos.

Ele também voltou a dizer que não existem planos para dar continuidade ao auxílio emergencial após dezembro de 2020. Os repasses de R$ 300 deverão ser mantidos apenas no caso de uma segunda onda de infecções da COVID-19.

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De acordo com interlocutores da área política, o governo brasileiro quer acelerar o andamento das reformas estruturais. O argumento principal seria de que o país está em uma situação de emergência fiscal e, portanto, faz-se necessária uma decisão política logo após o primeiro turno das Eleições 2020.